No artigo do mês passado, quando fiz um paralelo do esporte com os nossos desafios pessoais e profissionais pelo clima festivo e contagiante das Olimpíadas Rio 2016, ainda estava por vir, em minha visão, a “cereja do bolo” que encantou tantos brasileiros como o resto do mundo: as Paralimpíadas.
Na proximidade do evento, com a cobertura das mídias e televisão, quantas histórias de luta, determinação, coragem e desprendimento tanto dos atletas como dos familiares nos tocaram e fizeram refletir sobre as inúmeras possibilidades que temos quando realmente queremos algo de bom em nosso caminho.
Ao transferir o foco agora para o mundo corporativo, ter em seu quadro de colaboradores pessoas com necessidades especiais faz com que o líder aumente de forma considerável a sua humanidade e o tato para lidar com as rotinas diárias do trabalho, ainda mais quando estas pessoas trabalham juntas com outras pessoas sem necessidades especiais.
Naturalmente, existem diversos tipos de necessidades especiais, inclusive, a Lei Federal 13.146/2015, conhecida com a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), considerada de grande avanço por garantir a autonomia e capacidade para exercer os atos da vida civil, define com propriedade em seu artigo 2º as pessoas enquadradas nessa condição, que são aquelas que “…tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.”
Na experiência atual a qual tenho a oportunidade e honra de trabalhar com pessoas de diferentes tipos de necessidade, há um vasto aprendizado quando estamos dispostos a ouvir e dialogar, pois estas pessoas, em grande maioria, são extremamente focadas em suas atribuições, e quando são bem direcionadas e conduzidas, superam o resultado esperado pela gestão.
Fora da rotina do trabalho, deixar fluir nas conversas as emoções destas pessoas e ouvir as suas histórias, sonhos, desejos e também a realidade do seu cotidiano, nos ajudam a perceber por muitas vezes como os nossos problemas em geral, como pessoas sem necessidades especiais, são pequenos e desproporcionais ao valor que atribuímos, e sob esta ótica, passamos a perceber com maior nitidez o quanto desperdiçamos das nossas potencialidades motoras e intelectuais por pura reclamação e comodismo.
Por fim, conviver e gerir pessoas com necessidades especiais abrem várias portas de nossa compreensão para a convivência com as diferenças, erradicação dos preconceitos, e sem qualquer dúvida, aumentam a motivação para lidar com os nossos problemas, os quais potencializamos de maneira a criar barreiras para o nosso próprio crescimento e desenvolvimento pessoal e profissional.
Abraços e até a próxima!
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