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11 de junho de 2017 - 14:00

Como-saber-qual-e-a-hora-certa-para-fazer-uma-pos-graduacao-televendas-cobranca

Por: Claudia Gasparini

Gestão de carreira nunca é uma ciência exata. Mas a dificuldade para criar “fórmulas” que se apliquem a todos os casos é especialmente verdadeira quando o assunto é pós-graduação.

A velha dúvida entre as modalidades lato e stricto sensu, por exemplo, costumava ser resolvida assim: mestrado e doutorado servem para carreiras acadêmicas, enquanto cursos de MBA e especializações preparam para o mundo corporativo.

A realidade é um pouco mais complicada do que isso. Um estudo recente da consultoria Produtive mostra que o universo executivo valoriza, sim, mestrado e doutorado. Raros nas empresas, esses títulos até rendem salários mais altos do que diplomas lato sensu.

A hora certa para investir numa pós-graduação é mais um desses assuntos controversos. Enquanto alguns defendem a conquista de um título logo após a faculdade, outros dizem que é melhor esperar.

A pressa tem suas desvantagens. “O que vejo é uma corrida desenfreada por títulos acadêmicos, o que leva ao sub-aproveitamento da pós-graduação por falta de experiência ou repertório para absorver as aulas”, diz Rafael Souto, CEO da Produtive.

Por outro lado, profissionais que demoram demais para conquistar um novo diploma depois da faculdade podem ser interpretados como estagnados pelo mercado.

Qual é o timing mais estratégico?

Para Souto, não há respostas definitivas para essa dúvida. No entanto, ele propõe um parâmetro simples para organizar os seus planos: pensar em ciclos de amadurecimento.

“De três a cinco anos após a faculdade, considere fazer cursos de especialização, que são mais simples, ou aqueles que sejam de uma área próxima da sua formação original”, orienta Souto. Se você é graduado em publicidade, não precisa esperar para fazer uma pós em marketing, por exemplo.

Do 6º ao 10º ano de formado, já vale mirar cursos mais robustos, como um mestrado. Segundo Souto, essa também é a época mais indicada para um MBA, porque é provável que você já tenha tido alguma experiência com a liderança. “Buscar uma pós em gestão só faz sentido se você está próximo de assumir ou já assumiu uma posição nesse nível”, diz ele.

Acumular alguns anos de experiência também é recomendável para quem quer estudar uma área totalmente diferente da sua graduação – um engenheiro que mira uma pós em finanças, por exemplo.

Na opinião de Souto, o doutorado é uma etapa que exige ainda mais amadurecimento para quem almeja fazer carreira no mundo executivo.

Exceções

Se você pensa em trabalhar no meio acadêmico, o jogo funciona por regras diferentes, diz a coach Eva Hirsch Pontes. “Nesse caso, o ideal é aproveitar o embalo dos estudos e emendar o fim da faculdade com o início da pós”.

Outro caso que subverte a norma é o de profissionais que atuam em empresas familiares desde a adolescência. De acordo com a especialista, quem teve uma experiência precoce com administração não precisa esperar tanto tempo para estudar o assunto com mais profundidade num MBA, por exemplo.

Uma terceira exceção pode ser aberta para quem fez estágios particularmente ricos e desafiadores. “Se você foi exposto a situações complexas e ganhou bagagem suficiente nessa fase, pode pensar em adiantar o próximo passo da sua formação”, afirma Eva.

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