Por: Por Flavia Lima
O rotativo do cartão de crédito não vai acabar. Mas vai ser repaginado. Segundo fontes a par das discussões, a ideia é colocar algumas limitações para que o aspecto de crédito emergencial do produto seja preservado e a fama de vilão do mercado de crédito perca a sua força. O que os bancos buscam é a possibilidade de colocar em contrato uma trava ao que chamam de “distorção do uso”.
Os bancos, no âmbito da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), tocam um estudo sobre o tema e já têm o sinal verde da área jurídica para as mudanças. Falta concluir o desenho final do produto automático que, no caso do rotativo, hoje não existe.
A mudança, avaliam os bancos, traria uma mensagem positiva tanto para o regulador -no caso, o Banco Central – quanto para o mercado. E a vantagem de promover alterações em grupo, por meio da Abecs, seria evitar que o próprio regulador tomasse as rédeas do processo. “Ele não conhece o dia a dia do cliente e pode exagerar, acabando com o rotativo, por exemplo. Não é o fim do rotativo, é um produto novo”, diz uma fonte.
A movimentação se dá também por pragmatismo. Juros altos do rotativo são fonte de receita para os bancos, mas estimativas indicam que, a partir de 90 dias de atraso, o retorno deixa de compensar os riscos para os bancos. O tomador pode, por exemplo, se tornar um devedor crônico causando mais transtornos do que ganhos.
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