Por: Marcos Holanda
Máquinas pensantes. É o que nos tornamos – talvez mais máquinas do que pensantes – e isso poderá se agravar mais para frente. Muitos de nós se mantém no modo automático, vivendo conforme lhe informaram que se deve viver, ‘amando’ conforme lhe parece mais adequado amar, criando laços conforme as redes da internet lhe acomodam. Já somos as máquinas, fomos criados assim e somos ensinados a vida toda como se deve “pensar e agir”… Mas, por quê? “Para se viver em harmonia”. Harmonia com o quê? “Para se ter uma vida e um mundo mais justos”. Justos para quem? Somos mantidos em nossas funções trabalhistas enquanto úteis aos patrões. Em breve tudo isso se limitará a eletrodos e memórias artificiais, à força mecânica e fiação eletrônica. As veias e artérias que conhecemos darão lugar a cabos e fios. Músculos serão, agora, passado e não necessários. Somente o mínimo preciso para apertar ou programar algum tipo de mecanismo. A devastação pode ser muito maior caso o ser humano não faça jus a uma de suas características mais importantes para sua sobrevivência: a criatividade.
Terão destaque aqueles que se sobressaem fazendo uso do processo criativo, coisa que os robôs da vida estão longe de fazer (assim espero). Aquela capacidade cognitiva de análise, observar, questionar, reavaliar e repensar, adequar e criar conforme a necessidade. E, além de criar, deve-se, sobretudo, inovar! Fazer do mesmo, algo novo, ou de uma forma diferente novas possibilidades para a sociedade. Ah! Esses sim, os criativos. Somente eles terão mais valor de troca no mercado.
Antes de eu me desesperar devo pensar que um ser humano, munido de todas as minhas capacidades mentais (pelo menos é o que eu penso e pensar já é algo, já diria Descartes), sou capaz de exercitar meus instintos criativos para me manter ativo em meio a esse processo.
Se as máquinas criadas por nós mesmos estão na iminência de tomar nossos lugares, mostremos que temos potencial para gerar novos horizontes, para novos pensamentos, para novas personas. Exercitemos essa capacidade nossa, tão nossa e só nossa para mantermos as coisas ao nosso redor – e nós mesmos – sempre recentes, atualizados, inconstantes.
A nossa moeda de troca não tem fim e seu verdadeiro valor é enorme.
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