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21 de junho de 2016 - 18:05

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Para líderes empresariais, crise não pode ser motivo de desespero, e não existe maneira de trabalhar sem ser afetado por uma

Por: Paula Zogbi

As pesquisas demonstram: diretores financeiros das empresas brasileiras estão pessimistas com 2016. Ao mesmo tempo, gestores estão demitindo e CEOs sofrem com a imprevisibilidade. Enquanto isso, Rodrigo Santos, presidente da Monsanto Brasil, Julio Zaguini, diretor de Relacionamento com Agências do Google na América Latina e João Carlos Brega, presidente da Whirlpool na América Latina, se dizem “100% confiantes” a respeito do país.

O diagnóstico foi feito em no fórum Liderança Para Transformação dos Negócios, na Câmara Americana de Comércio (Amcham), realizado na última quarta-feira e mediado pelo guru de gestão, professor da Universidade Michigan e autor de 25 best-sellers Dave Ulrich.

A pergunta feita por Ulrich aos executivos foi direto ao ponto: “de 0% a 100%, qual o nível de otimismo de vocês com o Brasil e com as suas respectivas empresas no país?”. Nenhum dos outros três titubeou.

Como justificativa, os executivos listaram alguns pontos em comum: “a crise é cíclica. Hoje é a crise política, antes era a crise da China, amanhã pode ser a taxa de juros dos Estados Unidos, nós não sabemos o que virá”, expõe João, da Whirpool. Além de ser regra, a crise, para eles, é o que gera as mudanças necessárias para a sobrevivência de uma empresa no mercado.

“A Meritocracia é baseada em falhas: quem errou, está fora”, diz João, para depois fazer a ressalva que considera mais importante que esse sistema: “quando a gente começa a inovar, inevitavelmente a gente falha: é importante estimular que as pessoas não tenham medo dessas falhas, porque elas que criam as novas ideias”. Julio, do Google, complementa: “é preciso saber falhar, com um complemento – é preciso saber falhar rápido”.

Para a Monsanto, diz Rodrigo, se soma a isso o fator de crescimento praticamente inevitável das vendas da indústria de alimentos. “Estamos a caminho de um mundo com 9,7 bilhões de habitantes. E as pessoas precisam comer”, explica. “O Brasil tem uma capacidade espetacular nesse sentido [produção de alimentícios], não vejo motivos para pessimismo no setor”, comemora.

Esse crescimento no médio e longo prazo também é visto por João, da Whirpool. “A indústria de linha branca voltou recentemente aos níveis de vendas de 2005, o que pode parecer péssimo, e agora é”, inicia. “Mas quando essa demanda voltar, é à nossa empresa que as pessoas vão recorrer”.

Julio do Google acrescenta o fator pessoal de força de trabalho. “Além do que já foi exposto, eu acredito que posso fazer a diferença onde quer que eu esteja. A mudança começa com o indivíduo, e eu confio no meu poder de trabalho”, conclui o executivo em sua fala.

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