Por: Edson Valente
Empregadores gastam tempo e dinheiro consideráveis para atrair o candidato que manterá em dia sua “pipeline” de talentos. Mas o quanto desse investimento é obstruído por sua própria tecnologia, ou a falta dela? Um novo estudo do site de recrutamento americano CareerBuilder explora cinco barreiras relacionadas à tecnologia que podem anular a experiência do candidato e as chances da empresa de recrutar grandes talentos.
O estudo é parte de um grande relatório intitulado “Como a experiência do candidato está transformando a tecnologia de RH”, conduzido pela Harris Poll com uma amostra de 374 profissionais de RH e 319 candidatos a vagas.
“A tecnologia pode ser seu maior aliado ou seu maior inimigo quando você interage com candidatos a vagas de emprego”, diz Rosemary Haefner, vice-presidente de RH da CareerBuilder. “Os candidatos hoje esperam que o processo de inscrição seja rápido, informativo, mais personalizado – e otimizado para aparelhos móveis. O estudo mostra que as companhias que têm um processo complexo de inscrição e não possuem a tecnologia para rotineiramente captar e reengajar candidatos estão em desvantagem competitiva.
As cinco barreiras identificadas pelo estudo são:
1 – Falha ao captar candidatos interessados
Nem todos os candidatos têm tempo para se inscrever para uma vaga quando se deparam com ela pela primeira vez. Na verdade, para 39% deles, a chance de deixar seus dados para contato com o empregador e inscrever-se mais tarde é muito ou extremamente importante.
Considerando que mais da metade (57%) de profissionais de RH não usam ferramentas para registrar candidatos que não se inscrevem para suas vagas, há um número considerável de oportunidades perdidas de entrar em contato com talentos mais esquivos. Apenas 23% dos profissionais de RH usam uma versão reduzida de ficha de inscrição para obter informações dos candidatos.
2 – Falha ao reengajar candidatos
Outro desafio enfrentado pelos profissionais de RH é manter um relacionamento com candidatos que não foram empregados em determinada oportunidade de trabalho, mas poderiam ser adequados para uma vaga que venha a surgir. Mais de um terço (36%) dos profissionais de RH disseram que não reengajam candidatos que não se colocaram, em geral porque priorizam os candidatos mais recentes (69%) ou não tiveram tempo para trabalhar o reengajamento (28%). Enquanto 38% dos profissionais de RH disseram que reengajam candidatos de seis em seis meses ou mais frequentemente, um número significativo desses profissionais não se debruça sobre “pools” de talentos que já haviam manifestado interesse por suas companhias.
Além disso, quem procura emprego dá valor à continuidade na comunicação. Dois a cada cinco (42%) candidatos gostariam de receber e-mails sobre novas oportunidades que surjam nas empresas.
3 – Respostas automatizadas
Devido a cortes nos departamentos de RH, eles passaram a se valer de respostas automáticas para informar aos candidatos que receberam suas inscrições. Para 39% deles, isso não é o suficiente, enquanto 62% esperam comunicados mais personalizados. Sessenta e sete por cento contam com um telefonema do recrutador depois de se inscrever para uma vaga.
4 – Limitando inscrições ao “desktop”
O uso de tecnologia móvel aumentou a expectativa de que a experiência do candidato seja a mesma esteja ele no computador fixo ou em um “mobile”. Contudo, 46% dos profissionais de RH não oferecem aos candidatos a opção de acessar a ficha de inscrição via aparelho móvel, na maioria das vezes por restrições tecnológicas ou de recursos. Embora 33% dos profissionais de RH tenham dito que eles percebem perdas no número de inscritos por seus formulários não estarem adaptados para aparelhos móveis, apenas 24% consideram que a possibilidade de se inscrever via “mobile” deveria ser parte da experiência do candidato. Dos que procuram uma vaga, 65% raramente recorrem ao computador para terminar uma inscrição que não pôde ser finalizada pelo aparelho móvel.
5 – Processo de inscrição complexo
A maioria dos profissionais de RH (53%) avalia que um processo de inscrição extenso é positivo por afastar candidatos menos entusiasmados ou menos qualificados. Isso pode ser verdade até certo ponto, mas também estarão afastando talentos muito qualificados e atualmente empregados que não estão predispostos a preencher um grande número de páginas. Sessenta por cento dos que buscam por uma vaga disseram que começaram a preencher uma ficha de inscrição on-line, mas não a completaram por ser muito extensa ou complexa.
Mais da metade (54%) dos profissionais de RH disseram que seu processo de inscrição requer mais de 20 minutos para ser completado. Em contrapartida, 29% dos candidatos afirmaram que isso deveria levar 10 minutos ou menos; para 62%, não deveria levar mais que 20 minutos.
Trinta e sete por cento dos profissionais de RH disseram que em geral fazem mais de 15 perguntas ao longo do processo de inscrição. Para 51% dos candidatos, não deveriam ser mais que 10 perguntas.
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Se analisarmos pelo lado pratico,as ferramentas tecnologia hoje disponíveis, ja facilitam em muito o trabalho do profissional de RH. e este precisa esta atento,para se manter na frente, do gente conectando,gente do chão, ao mas imprescindível gerente..
Como sempre, o RH falhado e muito em contratar as pessoas certas, ganha disparado o quesito fichas, já me deparei com fichas onde pensei que nunca ia terminar de preencher… fora umas outras que parei no meio do caminho.
O candidato não quer falar da vida dele em um questionario, ele quer mostrar o que sabe fazer portanto, o questionario deveria ser apenas sobre a vaga ou o cargo na qual o candidato tem formação.
Essas fichas online, deixam a desejar em se tratando de assunto.
fora que repete demais a mesma pergunta mudando uma ou outra palavrinha.
Na questão tecnologia, perdem feio por não ter opções, como bem citou a materia, ter como ver os dados via smartphone ou tablet.
E, finalizando, o pessoal do RH geralmente é estagiario (nada contra) mas, por ser estagiario, deve ter um profissional com experiencia junto para ir mostrando as falhas e por ora elogiando as melhorias.
Sempre digo que o RH precisa se reinventar.