Por: Fabiana Lopes
O presidente do Santander Brasil, Jesús Zabalza, confirmou ontem que o banco estuda a possível aquisição da filial brasileira do HSBC, conforme o Valor já havia adiantado. A instituição, no entanto, ainda não lançou nenhuma proposta pelo negócio.
“Vamos estudar a proposta pelo HSBC. Estamos vendo todas as oportunidades”, afirmou o executivo ao ser questionado por jornalistas, durante evento promovido pelo banco para lançar um pacote de produtos e serviços dedicado a pequenas e médias empresas.
Ele também declarou que o custo da transação pode ser um atrativo para a instituição, considerando o valor de US$ 4 bilhões que vem circulando na imprensa. “Quatro bilhões de dólares para um capital como o nosso não é exagerado. Para o tamanho do Santander é perfeitamente acessível”, afirmou.
No início do encontro o executivo havia dito, no entanto, que a estratégia atual do Santander se apoia em crescimento orgânico e que o banco tem capital para buscar expansão por meio dos seus clientes. Mesmo assim, ele ressaltou que a instituição tem “responsabilidade de olhar todas as oportunidades de expansão que aparecem no mercado”.
Durante a conversa com jornalistas, Zabalza também falou sobre a aposta do banco no segmento de pequenas e médias empresas. O Santander lançou ontem no Brasil um programa de apoio, com oferta de produtos e serviços específicos, além de disponibilizar R$ 15 bilhões em crédito para esse nicho no país. A operação se integrará a uma plataforma já implementada em locais como Espanha, Reino Unido e México.
Atualmente, o Santander tem mais de 4 milhões de clientes nessa segmentação, sendo 700 mil no Brasil. Com o novo programa, o banco diz quer pretende reduzir o prazo de abertura de contas correntes, além de simplificar o processo de concessão de crédito, Promete também a instalação de máquinas de captura de cartões de crédito ou débito (POS, na sigla em inglês) da Getnet em dois dias.
A ideia é também apoiar a capacitação e desenvolvimento dos clientes, além de subsidiar um estagiário por quatro meses em algumas companhias. A expectativa é disponibilizar 500 estagiários em 2015.
Questionado se o banco não temia investir nesse segmento em um período em que o mercado mantém o foco em setores de menor risco, Zabalza disse que o banco tem expertise para conceder o crédito de forma criteriosa. “O ano tem um contexto mais adverso, mas temos confiança de que estamos preparados para enfrentar a inadimplência”, afirmou.
O volume de R$ 15 bilhões no crédito não tem prazo para ser concedido e deve ser distribuído conforme a demanda dos clientes.
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