Por: Rodrigo Polito
O primeiro trimestre de 2015 está mais difícil para o setor de varejo do que o igual período do ano passado, afirmou nesta terça-feira Luiza Trajano, presidente do Magazine Luiza e também do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV). Segundo ela, se a crise não durar o ano inteiro, o setor pode ter um crescimento de 3% a 4% este ano, em comparação com o ano passado.
“O segundo semestre é muito importante. Depende de quanto tempo durar a crise. Se durar o ano inteiro, vai crescer nada. Se não durar, pode crescer 3%, 4%”, afirmou Luiza, durante congresso anual da Associação Brasileira de Private Equity & Venture Capital (ABVCAP), no Rio de Janeiro.
Segundo ela, um fator positivo para o setor é que a inadimplência está sob controle, no mesmo patamar do ano passado. Ela disse ainda que a saída está no consumo. “É saber oferecer o produto certo no preço certo”, completou.
Ela defendeu o ajuste fiscal em curso pelo governo. “O ajuste é necessário. Será por um período. Mas tem que ser muito bem comunicado, muito bem explicado para onde vamos sair”. Luiza defendeu a retomada do programa Minha Casa Melhor, de crédito para compra de móveis e eletrodomésticos, assim que terminar o ajuste fiscal.
Com relação ao Magazine Luiza, a executiva disse que, “independentemente da crise”, o grupo vai crescer organicamente este ano, com a inauguração de 30 lojas, sendo 20 lojas no primeiro semestre. “Como compramos duas redes muito grandes e levamos dois anos para integrar, agora vamos passar dois, três anos sem comprar redes”, afirmou.
Luiza descartou abrir lojas no Rio de Janeiro este ano. “É um mercado muito difícil para chegar, porque os imóveis são muito caros e você tem que chegar com cinco, seis lojas. Ainda não tivemos uma oportunidade”, concluiu a executiva.
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