Por: Jan Wiegerinck

Porque falar de R.H. numa publicação voltada a crédito e cobrança?

Para responder a esta pergunta é necessário ter em mente a missão das empresas deste setor e definir o que entendemos por R.H. para depois concluir se há ou não sentido na junção dos dois.

Primeiro a missão de crédito e cobrança. Vejo-a como mais ampla do que aparenta à primeira vista. Não é só avaliar a solidez do comprador e a obtenção dos pagamentos. A empresa não quer só vender e receber. Quer construir soluções duradouras. Evitar a perda de clientes por problemas de inadimplência.

E o que é R.H.? A sigla é conhecida como Recursos Humanos. Tenho objeção a esta expressão.

Já em 1998, o Prof. Henry Mintzberg escreveu na Harvard Business Review: “Recursos Humanos é provavelmente a expressão mais ofensiva usada em gerenciamento”. Concordo com ele. E como a sigla R.H. já está muito arraigada uso a forma Relações Humanas.

Empresas são um fenômeno bastante recente. Menos de dois séculos. E o R.H. é mais jovem ainda. Levou tempo para as direções das empresas descobrirem que necessitam de setores especializados para tratar das suas relações com as pessoas que trabalham nela. E não é diferente nas empresas de crédito e cobrança.

A função do R.H. é essencialmente conciliar os interesses da empresa com os dos seus colaboradores, pois estes interesses não são os mesmos. A empresa não existe em primeiro lugar para atender às necessidades dos seus colaboradores. E os colaboradores não estão lá para que a empresa atinja seus objetivos. Mas se cada um tem seus objetivos é necessário e possível que empresa e colaboradores atuem em sintonia para que a empresa cumpra sua missão e cada colaborador realize seus objetivos.

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