Por: Carolina Mandl e Mônica Izaguirre
O banco BMG e a Rodobens selaram uma parceria para a venda de consórcios. O objetivo é utilizar a rede de correspondentes bancários do BMG, que hoje oferta basicamente crédito consignado, para a comercialização também de cotas de consórcios.
Dentro dessa nova associação, o BMG deve ter o controle, com 51%. A Rodobens utilizará a companhia BR Consórcios para a formação da empresa. A transação foi aprovada ontem pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Por meio da rede do BMG, a joint venture, que tem sede em Londrina, no Paraná, vai comercializar cotas de grupos de consórcios para compra de caminhões, automóveis, motocicletas e máquinas e equipamentos. Pela documentação entregue ao Cade, também venderá cotas de grupos para aquisição de imóveis.
Desde meados de 2012, o BMG é sócio do Itaú Unibanco no negócio de consignado, com uma fatia de 40% no Itaú BMG. Isoladamente, desde que se uniu ao Itaú no consignado, o BMG restringiu suas atividades ao cartão de crédito consignado, ao empréstimo para empresas e ao financiamento de veículos e de imóveis. O consórcio, a partir da parceria com a Rodobens, deve reforçar as receitas do banco mineiro.
Aos poucos, toda a carteira de consignado do BMG está migrando para o Itaú BMG. O BMG encerrou setembro ainda com uma carteira de empréstimos com desconto em folha de pagamento de R$ 7,2 bilhões. No total, incluindo outras modalidades, o estoque de financiamentos do banco é de R$ 12,4 bilhões.
A qualidade dos ativos do banco piorou, e a inadimplência encerrou setembro em 6,9%, alta de 1,4 ponto percentual na comparação com o segundo trimestre e de 3,2 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2013. O consignado tem uma inadimplência mais baixa, pela força da garantia.
A instituição teve um lucro líquido de R$ 97,2 milhões no terceiro trimestre de 2014, com alta de 37,1% em relação ao mesmo período do ano passado.
A margem financeira líquida do banco foi de 13,1% no terceiro trimestre de 2014, ante 11,8% no trimestre anterior e 9,9% no terceiro trimestre de 2013. “Esse trimestre apresentou a melhor margem dos últimos três anos refletindo uma combinação dos melhores spreads e da contínua redução dos custos de captação”, informou o banco em seu release de resultados. (Colaborou Fabiana Lopes)
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