Por: Saulo Pereira
O desenvolvedor de sites Rafael Fidelis prestou serviço para uma empresa, mas não recebeu o pagamento. Revoltado com a situação, ele decidiu criar o Pague Meu Frila (PMF), site dedicado única e exclusivamente a cobrar a dívida.
O site é simples. Pensado em tons de cinza e rosa, ele contém um vídeo no qual Fidelis apresenta seu drama aos internautas.
Logo abaixo, o usuário pode escolher entre três diferentes recados que cobram o dinheiro da empresa que deve a Fidelis. O recado escolhido é automaticamente enviado via e-mail para o departamento financeiro da companhia que deve ao desenvolvedor.
Até as 10h de hoje, mais de 15 mil pessoas já haviam participado da brincadeira. Segundo Fidelis, a empresa devedora é uma grande agência de publicidade paulistana. Mas ele se nega a revelar o nome da companhia.
“A campanha é para receber pelo frila e não para ferrar a empresa”, explicou Fidelis em entrevista a EXAME.com.
Repercussão
De acordo com Fidelis, a ideia de criar a página surgiu na última quarta.
Durante o fim de semana, ele e o publicitário Guilherme Salles criaram o site e o vídeo. Na última segunda (dia 13), às 13h, o PMF entrou no ar.
“Em 12h, tivemos 2 mil likes no Facebook e recebemos o apoio de 6 mil pessoas por meio do site”, conta Fidelis.
Já no fim da tarde da última segunda, a empresa devedora entrou em contato com ele. Porém, até ontem, não havia efetivado o pagamento.
“O site foi essencial para a negociação com a empresa que estava me devendo. Eu estava sem resposta há semanas”, afirma Fidelis, que negocia com a agência para receber o dinheiro.
Com o sucesso do site, ele já pensa em manter a página no ar mesmo depois de receber seu dinheiro. “Queremos o transformar o PMF numa espécie de Reclame Aqui de frilas”, explica ele.
A ideia é que o site reúna informações (e reclamações) sobre empresas que contratam trabalhos freelances e conte com um ranking das companhias que mais pagam em dia.
Viral
Essa não é a primeira vez que uma ideia de Fidelis vira notícia na internet. No ano passado, ele e Guilherme Salles estiveram por trás do polêmico Tubby.
Anunciado como um app no qual homens avaliariam o desempenho sexual de mulheres, o viral foi, depois, descrito pelos autores como uma crítica a esse tipo de fenômeno (em voga à época por conta do app Lulu).
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