A indústria de cartões projeta entregar um crescimento de dois dígitos neste ano, em linha com o desempenho que vem registrando nos últimos anos. A Abecs, associação do setor de cartões, espera que o volume financeiro transacionado neste ano cresça 17,1%, chegando próximo a R$ 1 trilhão em compras efetuadas com o meio eletrônico de pagamento.
No ano passado, a indústria de cartões atingiu R$ 853 bilhões em transações, um crescimento de 17,8% no acumulado do ano. A projeção ficou acima dos 16,9% previstos pela associação.
No crédito, as transações somaram R$ 553 bilhões, com avanço de 15,3%. No débito, as operações registraram R$ 300 bilhões, com avanço de 22,5%. Em 2013, a participação de cartões no consumo das famílias foi de 28%.
A taxa de desconto cobrada de lojistas em compras com cartões de crédito fechou 2013 em 2,76%, praticamente em linha com o nível do mesmo período de 2012 (perto de 2,78%). Em 2009, antes da abertura do mercado de cartões, essa taxa estava em 2,96%. No cartão de débito, a taxa de desconto fechou 2013 em 1,56%, ante 1,59% um ano antes. Em 2009, essa taxa era de 1,60%.
“A queda nas taxas de desconto é um movimento que vem de antes da abertura de mercado, e continuou após 2010″, afirmou Marcelo Noronha, presidente da Abecs. Para o executivo, a tendência é que a taxa continue caindo, embora a perspectiva seja de uma queda mais moderada. “No grande varejo, a elasticidade para queda nas taxas é menor. Nos pequenos estabelecimentos é maior, mas o efeito na taxa média também é menor”, disse o executivo.
As transações com cartão não-presente, universo que engloba as compras do comércio eletrônico, crescem num ritmo mais acelerado. Elas atingiram R$ 94,3 bilhões em 2013, um crescimento de 19,5%. Além do comércio eletrônico, compras por telefone ou pagas com cartão no celular entram na lista de transações com cartões não-presentes.
“As transações com cartão não-presente estão ganhando participação, em especial graças ao comércio eletrônico”, afirmou Noronha em coletiva de imprensa ontem. Para ele, as transações com cartão não-presente devem crescer pelo menos 20% em 2014, acima da projeção de 17,1% para o mercado. “Há um esforço do mercado para avanço dessas transações.”
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