Por: Felipe Marques
O Banco do Brasil (BB) reduziu as taxas de juros mínimas cobradas no financiamento de veículos na instituição. O banco público vai passar a cobrar custos a partir de 0,97% ao mês em veículos novos, ante os 1,25% anteriores, e 1,18% ao mês em usados, ante 1,28%. As taxas valem até 31 de outubro.
Para ter acesso às taxas mínimas, o cliente precisa atender critérios rígidos de entrada e prazo. O percentual de entrada é de 70% do valor do bem e o prazo da operação é de até 12 meses. No caso de veículos usados, os juros valem apenas para carros com até cinco anos de uso.
O BB é o mais recente banco a cortar as taxas mínimas praticadas no crédito de veículos. Na semana passada, Itaú Unibanco e Santander reduziram o preço dessas operações e a Caixa Econômica Federal anunciou “feirões” em concessionárias com taxas promocionais. Entre os privados, na linha do que fez o BB, os demais critérios de qualificação de clientes seguiram rigorosos.
No Itaú, a taxa mínima para veículos zero quilômetro passou de 1,30% para 0,99% ao mês. A entrada exigida é de 60% do valor do veículo e os prazos variam de 12 a 24 meses. No Santander, a taxa mínima caiu para 0,97% ao mês, para novos e usados. A taxa é válida para pagamentos em até 12 meses e veículos fabricados a partir de 2011.
“A promoção é de preço, mas a política de crédito do banco permanece”, afirma Paula Luciana Lima, gerente executiva de empréstimos e financiamentos da instituição. “Com a promoção, quero que meu cliente se lembre do BB na hora de tomar crédito para trocar de carro, e busque uma proposta com o banco antes de ir para concessionária.”
O BB atua de uma forma particular no crédito de veículos, financiando apenas correntistas nas agências. Diferentemente dos demais bancos, a instituição pública não financia diretamente na concessionária. “Mais de 60% dos clientes com financiamento de veículos tem mais de dez anos de relacionamento com o banco.”
Segundo ela, há possibilidade de o banco prolongar a taxa promocional para além de 31 de outubro, dependendo da resposta dos tomadores. “Estamos testando a elasticidade da demanda por crédito com a promoção”, diz.
O BB também oferece a possibilidade de o cliente pagar a primeira parcela depois de 180 dias ou de o tomador financiar até 100% do carro. Ofertas, contudo, que dependem do grau de relacionamento do correntista com o BB, afirma Paula. “Nossa inadimplência é e vai continuar sendo perto de um terço da do mercado.” A inadimplência do crédito de veículos na pessoa física fechou junho em 4,8%.
A mudança nas taxas do BB não afetam as taxas praticadas no Banco Votorantim, instituição em que tem metade de participação.
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