Por: Marcos Tonin
Buscar encantar o consumidor e expor suas verdades é o grande desafio do momento para as marcas. Discursos sem conteúdo não encantam mais a nova geração, todos estão atentos ao que as marcas estão fazendo fora dos canais de comunicação, buscamos saber a história de vida de cada marca e assim estabelecemos conexões diferentes daquelas que nossos pais estabeleciam com as marcas.
A verdade nunca esteve tão em voga. Não que algum dia aceitamos mentiras para comprar algum produto, mas digamos que não éramos muito “ligados” nessas questões, sendo assim, a primeira informação passada era a verdadeira, não tínhamos profundidade na busca de conteúdo e acabávamos por aceitar as primeiras informações recebidas. Hoje, se uma marca se posiciona publicitariamente de uma forma, e toma atitudes que não condizem com esse posicionamento, logo ela é desmascarada, a busca está na coerência entre desejos e ações.
A responsabilidade das agências de comunicação se torna cada vez maior, pois passa por esses profissionais a missão de alinhar o que a empresa quer passar a seus consumidores com o que a empresa realmente é. Buscar esse entendimento não vem sendo tarefa fácil, explicar aos gestores que eles só podem falar o que realmente praticam no dia a dia vem causando certa confusão em suas cabeças, principalmente aos que ainda não se acostumaram com esse “novo” modo de se comunicar. Não que no passado eles mentissem sobre seus produtos, mas com certeza não se importavam tanto com esses detalhes, todo anúncio devia cumprir sua tarefa básica de expor o produto, demonstrar a maior qualidade possível e apresentar o preço como um atrativo imperdível.
Uma dica para as empresas que estão querendo passar suas verdades para os consumidores é a de iniciar pela sua própria empresa. De nada adianta gritar aos quatro ventos se dentro da nossa própria casa ninguém nos ouve, ou pior, nos ouve, mas não acredita em nosso discurso. Por isso, nossas ações devem ser condizentes com nossas palavras até mesmo dentro de nossas organizações. Se conseguirmos o reconhecimento interno, teremos maiores chances de impactar o consumidor final.
O trabalho compartilhado e colaborativo vem se tornando fundamental para a construção eficaz de novos projetos e na comunicação não é diferente. As marcas devem estar cada vez mais receptivas para essa prática, nada melhor do que ouvir as pessoas mais próximas por primeiro, elas podem nos alertar para alguns erros que podem ser corrigidos antes mesmo do consumidor ter contato com nossa marca.
Com tudo isso acontecendo podemos concluir que, as histórias contadas pelas empresas no passado não são mais suficientes para garantir uma boa construção de marca no presente e muito menos para o futuro. Estamos na era da transparência absoluta, as pessoas estão muito mais conscientes sobre a falta de autenticidade de algumas marcas. Não crie mais as suas histórias, conte histórias de pessoas reais, use o alcance e a força da sua marca para transmitir a verdade.
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