Por: Niviane Magalhães
Compras de carros e da casa própria proporcionam ambiente favorável ao setor. Internet também ajuda na expansão dos negócios.
A ascensão da classe C nos últimos anos no Brasill impulsionou o setor de seguros. O setor de seguros corresponde a 3% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto que nos Estados Unidos a participação é de 12% e na Inglaterra, de 15%. Em 2001, a fatia no PIB era de 1,86%. A arrecadação passou de R$ 24,2 bilhões para R$ 129,3 bilhões em 2012, segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep).
“A participação é pequena por questão cultural. Nos Estados Unidos, o seguro é obrigatório. A intenção do brasileiro ao contratar um seguro é muito mais em proteger o seu veículo do que se proteger em caso de acidentes com terceiros”, disse o sócio-diretor da corretora Minuto Seguros, Marcelo Blay, que opera apenas na internet.
Com o aumento da renda da população, a compra do primeiros carro e a saída do aluguel para a casa própria, o ambiente para o setor está favorável. “Conseguimos atingir camadas da população que não tinham conhecimento de corretoras de seguros. Essas pessoas estão fazendo tudo pela internet. Além disso, a violência urbana influencia na procura por seguro. Temos uma melhora na estabilidade econômica, mas não vemos a violência cair”, complementou Blay.
Desde 2011, a Susep tem realizado estudos e baixado normas para incluir classes de renda mais baixa nesse mercado. “Publicamos normativos sobre o microsseguro, com prêmios de baixo valor. O seguro é um meio no qual cidadão é estimulado a fazer poupança, se precaver”, disse o superintendente da Susep, Luciano Santanna.
Corretoras online
Para tornar o mecanismo atraente, Blay aposta na rapidez para cotar diversos preços para competir com corretoras tradicionais. Segundo o diretor de marketing da corretora Bidu, que também opera apenas na internet, Maurício Antunes, é possível fazer uma pesquisa em apenas 30 segundos.
“A maioria das pessoas não entra no site para adquirir um seguro, mas para pesquisar preços. O consumidor pode fazer a pesquisa para diversos tipos de carros, sem aguardar por informações de um corretor”, disse Antunes. As duas corretoras têm ainda a vantagem de chegar a um público de cidades pequenas, onde o serviço de corretagem é escasso ou inexistente.
“Por mais que a corretora seja online, temos o serviço de contato. O cliente pode ter alguma dúvida e pode tentar um desconto”, afirmou o sócio-diretor da Minuto Seguros. “Haverá um impulso na utilização dos meios remotos nos próximos anos. O Brasil ainda engatinha nesta questão. Na Argentina, 17% do mercado de seguros é realizado via online”, afirmou o superintendente da Susep.
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