Por: Léia Machado
Com o avanço do Brasil e aumento do poder de consumo dos brasileiros, o segmento de Varejo vem passando por transformações, seja na loja física ou no ambiente online. Questões como perfil do novo consumidor, desafios estruturais e atendimento multicanal norteiam as discussões entre os varejistas e a TI é colocada no centro das inovações. Afinal, para muitas empresas, o futuro do Varejo já chegou.
Na visão de Alex Bastos, gerente sênior de Sistemas da Dafiti, o maior desafio para a empresa de e-commerce é ampliar a presença da marca na América Latina. “Para isso, precisamos unificar nossa plataforma tecnológica com sistema de backoffice e já iniciamos nosso projeto junto à SAP”, conta Bastos durante um evento organizado na semana passada pela SAP, no qual reuniu diversos varejistas em São Paulo.
Para Marcos Vinícius Julião, diretor de Produto da Leroy Merlin, o atual momento do Varejo no Brasil exige automação e inovação nas estruturas. A rede de materiais de construção e decoração está no início do projeto de implementação de sistema de gestão. “Estamos focando no aspecto transacional a fim de preparar a loja para inovações tecnológicas, inclusive para o lançamento de comércio eletrônico”, diz.
Em termos do perfil do consumidor, um dos gargalos mais comentados entre os varejistas durante o evento, René Silva, diretor geral da Leo Madeiras, destaca um dilema em questão. “Tenho dúvida se existe um novo cliente ou temos lojas velhas. O consumidor de hoje tem os mesmos desejos de antes, ele quer atenção, respeito, produto de qualidade e preço justo. Nosso desafio é entregar um atendimento diferenciado”, comenta.
Segundo o diretor, está fora de cogitação para o varejista não estar no mesmo lugar do seu cliente. “O problema que temos hoje é voltar às raízes e atender de forma única. Porém, a massa de consumidores cresceu e só com uso de tecnologia consigo fazer um atendimento diferenciado”, completa René Silva.
Premissa do atendimento
No caso da Dafiti, por ser uma empresa 100% online, o omnichannel é peça fundamental para o atendimento integrado nos canais digitais da companhia. “Nossa meta é manter o crescimento, mas nunca podemos esquecer a premissa da integração”, diz.
De fato, o Varejo no Brasil vem acompanhando o ritmo de demandas muitas vezes vindas dos próprios clientes, o que exige infraestrutura e inovação maduras. Para a Leroy Merlin manter o crescimento saudável, era inevitável trocar o legado e investir em um novo sistema de gestão foi um passo importante, diz Marcus Julião.
A Leo Madeiras está passando pelo mesmo processo. “Nosso projeto de visão de futuro é continuar inovando com eficiência operacional. Hoje, aceitamos todas as formas de pagamento e a tecnologia nos permite um atendimento flexível e integrado, o que antes não era possível”, conta René Silva.
“Mesmo sendo jovem no mercado de Varejo, a Dafiti já nasceu grande. Nossa necessidade era contar com um sistema que permitisse uma visão integrada do nosso negócio. Hoje, colhemos o fruto de contar com tecnologias de ponta para atender as necessidades dos clientes, o que se traduz num crescimento como um todo”, acrescenta Alex Bastos.
Para o futuro, a Leroy Merlin enxerga uma evolução geral no Varejo e continua atenta às tendências para ofertar produtos de acordo com as necessidades dos clientes. Na Dafiti, o portfólio também crescerá com mercadorias diferenciadas do carro-chefe atual, o calçado. “Num mercado de comodity, como é o Varejo, ou cuidamos da marca ou a loja morre. A TI nos auxilia nesse processo de fidelização e atendimento personalizado, para participarmos do cotidiano do cliente e gerenciarmos a presença da marca na vida do consumidor”, finaliza René Silva.
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