A estatal afirma que 4.000 dos 125 mil trabalhadores entraram em greve, que foi apenas “parcial”
Após 42 dias de greve, funcionários dos Correios de ao menos 13 Estados voltaram ao trabalho na sexta-feira com milhões de cartas e encomendas atrasadas e a missão de normalizar a entrega até o começo de abril.
O último Estado a ter a distribuição em dia deve ser o Ceará, em 4 de abril, segundo levantamento feito pela Folha com os Correios. Alagoas, Paraíba e Pernambuco, onde a adesão foi maior, também entrarão em abril com pendências nas entregas.
A regularização deve ocorrer ainda nesta semana no Amazonas, em Minas Gerais, no Paraná e em Santa Catarina, segundo os Correios, e nos demais Estados até o dia 28.
Para isso, será necessário fazer mutirões nos fins de semana, deslocar funcionários administrativos para auxiliar nas entregas e fazer os grevistas compensarem os dias parados, segundo a estatal.
Funcionários dos Correios entraram em greve em 29 de janeiro com a justificativa de que a estatal não cumpria as cláusulas de assistência médica, hospitalar e odontológica do dissídio coletivo.
Segundo o sindicato da categoria, trabalhadores de 15 Estados -Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe- aderiram à greve. Os
Correios afirmam que a paralisação ocorreu em apenas 13, mas não informou quais.
Nos Estados onde houve paralisação, entre 50% e 60% dos funcionários interromperam as atividades, segundo o sindicato. Para os Correios, a adesão foi de 5% a 20%.
A estatal afirma que 4.000 dos 125 mil trabalhadores entraram em greve, que foi apenas “parcial”. “Em torno de 96% do efetivo dos Correios não aderiu à paralisação parcial, o que equivale a cerca de 121 mil trabalhadores”, informou a empresa, em nota.
No dia 12, o TST (Tribunal Superior do Trabalho) julgou a paralisação abusiva por considerar que o dissídio não estava sendo descumprido. Os grevistas foram forçados a voltar à ativa dois dias depois. A decisão foi unânime.
Ficou decidido que 15 dos 42 dias de paralisação serão descontados do próximo pagamento dos grevistas e os demais dias, compensados.
Colaboraram Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Recife e Salvador.
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