Por: Mário Braga
Apesar de estar em queda, a porcentagem de consumidores que quitam todas as dívidas e voltam a perder o controle financeiro no ano seguinte ainda é alta, segundo um levantamento divulgado pela Serasa Experian nesta quarta-feira, 12. Do total de pessoas que deixaram a lista de inadimplentes em 2012, 36,6% voltaram a atrasar as contas em 2013. Mesmo assim, o nível de reincidência é o menor em três anos. Foi de 38,9% em 2012 e de 39,4% em 2011.
Segundo a Serasa, 5,9 milhões de pessoas fecharam o ano de 2013 com pelo menos uma conta atrasada em mais de 90 dias. O número é maior que a população das cidades de Brasília e Salvador somadas e representa estabilidade em relação a 2012 (6 milhões). Esse cenário se manteve mesmo com indicadores econômicos favoráveis, especialmente no mercado de trabalho. A instituição destacou que nos últimos quatro anos a taxa de desemprego está em queda (de 6,7% em 2010 para 5,4% em 2013) e a renda do trabalhador tem crescido acima da inflação (3,8% em 2010, 2,7% em 2011, 4,1% em 2012 e 1,9% em 2013). “Temos uma boa tendência. O cenário econômico não justifica a inadimplência”, afirma o presidente da Serasa Experian, Ricardo Loureiro.
Do total de CPFs na lista de inadimplentes, mais da metade (52,9%) tem até duas dívidas atrasadas, 18,4% têm de cinco a nove contas em atraso e 8,8% possuem mais de 10 dívidas sem o pagamento em dia. Segundo Loureiro, o descontrole financeiro é um dos principais responsáveis pelo cenário de inadimplência no Brasil.
A falta de controle orçamentário está presente em todas as camadas sociais. De acordo com a Serasa, o número de pessoas com mais de 30% da renda comprometida com dívidas em aberto é significativo. Segundo Loureiro, acima desse porcentual não é prudente assumir novas dívidas. Mesmo assim, mais da metade das pessoas está nessa situação nas classes B (55,6%), C (66,8%) e D (68,8%). Apenas na classe A (39,5%), o número é inferior a 50%.
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Tema muito importante para as empresas e para o cenario mercadologico como um todo, e ainda orientador no sentido planejamento financeiro dos consumidores. Então digo, adimplir um debito é uma questão de consciencia e idoneidade do cidadão, desde que este debito não tenha origem desonesta. ok.