Por: Léa De Luca
O crédito imobiliário foi a modalidade que mais cresceu no país em 2013: o saldo das operações com empresas e pessoas físicas estava em R$ 386,65 bilhões ao final de 2013, segundo dados do Banco Central (BC). O aumento em 12 meses atingiu 33%, mais do que o dobro dos 14,5% de alta registrado pelo saldo de todas as operações de empréstimo do sistema financeiro nacional, no mesmo período.
Desde dezembro de 2011, a alta acumulada é de 74,5%. Em relação aos desembolsos com recursos da caderneta de poupança, este foi um ano bem melhor do que 2012, segundo Octávio de Lazari Júnior, presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
O executivo espera que o total supere a marca histórica de R$ 100 bilhões, último dado disponível, os desembolsos em 2013 haviam crescido 34% (19% para empresas e 41% para pessoas físicas), atingindo R$ 88 bilhões — mais do que o realizado em todo o ano de 2012 (R$ 82,8 bilhões). Em 2014, Lazari espera aumento de 15% a 20%.
Para o presidente da Abecip, há um tripé sustentando o crescimento do crédito imobiliário, e que deve persistir pelos próximos cinco anos: taxas historicamente baixas de desemprego; aumento real de salário para várias categorias; e aumento do apetite dos bancos. Embora com taxas menores do que as de outras modalidades, o crédito imobiliário tem baixo índice de atrasos e a possibilidade de fidelizar o cliente por prazos longos, cobrando tarifas e vendendo produtos e serviços.
Maior no segmento, a Caixa tem 55% da sua carteira voltada a habitação e já enfrenta concorrência dos privados. No Bradesco, a carteira chegou a R$ 12,6 bilhões, 33% acima do que era em 2012 – a carteira total cresceu apenas 11%. Com isso, a participação na carteira total do banco (incluindo avais e fianças) passou de 2,5% para 3%.
No Itaú, o crédito imobiliário a pessoas físicas atingiu saldo de R$ 22,5 bilhões, com aumento de 35% em 12 meses — 25% somente em 2013. O saldo equivale a 5% da carteira total — há um ano, o percentual estava em 4%. Somando os segmentos empresa e pessoa física, a carteira do Santander estava em R$ 24 bilhões no final de setembro – 10% do total.
O aumento médio dos últimos 12 meses ficou em 2,5%, recuou abaixo de 2% nesses dois meses e voltou a subir 2,3% do mês passado. “A modalidade não é uma operação de boca de caixa ou caixa eletrônico, é preciso entregar documentos, por exemplo”. Com agências
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