Uma pesquisa realizada pelo site GuiaBolso.com revelou que a maior parte dos consumidores da classe C está endividada. Pelos dados, 31% gastam tudo que ganham e não criam uma reserva financeira que possam recorrer em casos inesperados, como doenças na família ou desemprego.
Apenas 15% dos usuários da classe C possuem algum tipo de poupança, enquanto apenas 2% são realmente investidores, com reserva financeira superior a três meses de salário.
“Números oficiais indicam que cerca de 35 milhões de brasileiros entraram na classe média nos últimos dez anos, tendo grande acesso ao crédito, mas sem o acompanhamento de uma educação financeira efetiva para eles”, afirma o cofundador do GuiaBolso.com, Thiago Alvarez.
Outras classes Ao analisar a classe A e B, os dados indicam que 49% dos usuários com dívidas que comprometem um valor superior a um terço da receita mensal, enquanto outros 28% gastam tudo o que recebem. Por outro lado, as classes A e B têm um porcentual maior de poupadores e investidores, respectivamente 16% e 7%.
Já nas classes D,E e F, mesmo com renda menor, 36% deles têm dívidas superiores a um terço da receita mensal, enquanto 41% gastam tudo o que recebem mensalmente. Além disso, 21% já consegue uma economia mensal para montar uma pequena poupança.
Considerando toda a base, 55% dos usuários do site estão “em apuros”, ou seja, passam constantemente por falta de dinheiro e precisam quitar dívidas maiores que um terço da renda, enquanto 33% estão “no limite”, gastando tudo o que recebem. “Isso representa 88% das pessoas com problemas no orçamento”, define o executivo.
Como se deve gastar Independentemente da classe social, o GuiaBolso indica que 15% da renda mensal seja guardada para a criação de uma reserva financeira. Dessa forma, em uma emergência é possível recorrer ao valor guardado, ou usar a parcela de reserva para quitar um empréstimo. Para outros gastos, como os supérfluos, bar e restaurantes, ou ainda itens específicos, como pensão alimentícia, a plataforma sugere que os valores não superem 35% da renda.
Os outros 50% da renda poderiam ser destinados aos chamados gastos essenciais, que incluem saúde, educação, moradia, transporte e mercado.
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