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27 de novembro de 2013 - 18:10

Cooperativas-aumentam-a-oferta-de-produtos-e-servicos-televendas-cobranca

Por: Caio Zinet

As cooperativas de crédito estão apostando no lançamento de novos produtos financeiros para aumentar o grau de fidelização dos cooperados. Levantamento do Banco Central (BC) estimou que o sistema perdeu R$ 70 bilhões em empréstimos de associados em 2012 para os bancos do instituições financeiras bancárias.

“Os bancos comerciais oferecem todos os tipos de produtos, o sistema de cooperativa está correndo atrás desse movimento. Com isso aumentamos muito a fidelidade do cooperado e evitamos que ele procure tanto os bancos comerciais”, afirmou o diretor de apoio a negócios do Sistema Cooperativo de Crédito do Brasil (Sicoob), Abelardo Sobrinho.

Nos últimos anos o Sicoob ampliou seu portfólio e atualmente oferece produtos como previdência privada, consórcio, fundos de investimento e tem uma corretora. Para o próximo período a intenção é lançar uma seguradora. “Estamos estudando a nossa entrada na indústria seguradora que é um dos ramos que mais crescem no país”, afirmou o representante do Sicoob.

O Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi) também tem buscado a ampliação da oferta de produtos e serviços aos cooperados. Em nota, o diretor executivo de Produtos e Negócios do Banco Cooperativo Sicredi, Edson Nassar, afirmou que “o relacionamento é um dos nossos (do Sicredi) maiores diferenciais. Por isso, valoriza o conhecimento e proximidade para oferecer soluções que cooperam com o momento de vida de cada associado”.

O Sicredi já está presente no mercado segurador brasileiro e fechou o primeiro semestre desse ano com um total de R$ 299,1 milhões em prêmios, o que representa uma alta de 31% frente ao mesmo período de 2012. Eles oferecem ainda cartões de crédito e débito que tiveram crescimento de 8,57% na comparação de junho desse ano com o mesmo período do ano passado, totalizando 1,9 milhão de plásticos.

Outro fator que impede o crescimento das cooperativas é a falta de recursos para financiar cooperados que solicitam um volume grande de recursos. Muitas vezes as cooperativas não têm condição de conceder esse crédito e acabam perdendo o cooperado para bancos comerciais.

Para isso o setor tem buscado algumas alternativas, a primeira delas é o fortalecimento da capitalização via cooperado. Duas formas têm sido utilizadas, a primeira é via uma linha do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), com juros mais baixos e prazos maiores, para que o cooperado pegue os recursos e coloque na cooperativa. Recentemente o teto para essa operação aumentou de R$ 10 mil para R$ 30 mil. Outra forma é parecida só que ao invés do intermediário dos recursos ser o BNDES é o próprio banco das cooperativas.

As cooperativas têm lançado também campanhas para ampliar a base de cooperados. No Brasil 5,8 milhões de pessoas participam do sistema, o que equivale a cerca de 3% da população. O índice está muito baixo em comparação com outros países como a França (39,1%), Estados Unidos (30,3%), e China (16,4%).

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