É fato que a exigência do mercado está cada dia mais desumana. A concorrência e a pressão por resultados faz com que as empresas tenham um senso de urgência que muitas vezes extrapola o aceitável ou mesmo o possível.
Isso afeta outros âmbitos de nossas vidas. Veja que hoje, qualquer fila se torna inaceitável. Alguns segundos de demora numa conexão de internet já são suficientes para esbravejarmos. Enfim, mesmo sem notar, a humanidade dá efetiva importância ao seu bem mais precioso: o tempo.
Em contrapartida, ainda nos deparamos com posturas que vão totalmente em desacordo com o conceito básico da relação cliente fornecedor.
Não são raras as vezes que me deparei com situações onde o fornecedor tenta impor o seu ritmo de trabalho desconsiderando totalmente os anseios e necessidades do cliente.
Tentando sempre ser imparcial, trago mais uma vez à tona uma reflexão sobre o que é importante. Acredito que defender um ponto de vista, uma política ou um processo definido seja importante para a saúde dos negócios mas não podemos perder de vista que o cliente pode demitir à todos nós de uma só vez, do operador ao presidente da empresa, quando desiste do serviço que prestamos.
Um diferencial na prestação de um serviço ou entrega de um produto é sem dúvida a agilidade em que tratamos uma demanda. Principalmente em B2B, fornecedores que detém o menor tempo de resposta saem na frente da concorrência.
Neste contexto, é importante que a cultura da empresa e o perfil de seus profissionais estejam de acordo com o mercado que atuam.
Um exemplo é uma comparação entre a gestão de projetos em 2 segmentos diferentes: indústria de transformação e serviços.
Na indústria, um gerente de projetos geralmente assume 1 ou 2 projetos simultâneos e estes possuem prazos mais estendidos como meses ou mesmo anos.
No mercado da prestação de serviços, é comum um mesmo profissional administrar diversos projetos paralelos (já vi gerentes com 30 projetos simultâneos) com curtos prazos para entrega (dias ou semanas) e de complexidades diferentes.
Vejam que o desafio é grande sem expectativa de mudança deste cenário. Cabem então as corporações e principalmente aos profissionais lapidarem um skill muito requisitado atualmente que é a capacidade de adaptação.
Minha leitura é de que não há certo ou errado mas sim uma obrigatoriedade cada vez maior de acertarmos o perfil dos entregadores ao da entrega. Um gerente de projetos com perfil de indústria talvez não seja a melhor escolha para serviços e vice-versa.
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Muito bem apontado Alessandro!!!
Parabens pelo texto.