Atualmente 200 dos 1.600 funcionários também são sócios da startup e, nas áreas com maior concentração de “donos” de um pedaço da empresa, indicadores de engajamento são mais altos
Não é de hoje que as empresas, principalmente as de tecnologia, perceberam que “repartir o bolo” com os funcionários por meio de programas que oferecem ações das companhias é uma arma poderosa em tempos de guerra por talentos.
Os sócios recebem a opção de compra de ações a um preço fixo ao longo de quatro anos. Porém, um dos diferenciais do programa é que a Neon permite que os funcionários vendam 5% do total de ações quando acontecem novas rodadas de investimento.
“Isso aumenta a liquidez dos funcionários e dá um sabor para eles do potencial retorno. Quando olhamos para o mercado, competimos com outras práticas, como bônus e ações propriamente ditas, então, foi uma forma de trazer um diferencial para o programa e nos auxiliar nessa concorrência”, diz Adriana.
Sócios são mais engajados
A nomeação de novos sócios acontece semestralmente, como parte das iniciativas de reconhecimento após a avaliação de desempenho do time e vale para os empregados de todos os níveis hierárquicos. Tanto é que, segundo a Neon, 49,4% dos participantes do programa são analistas e especialistas, ou seja, não possuem cargos de liderança.
“Os únicos critérios de escolha são ser um embaixador da cultura da Neon, estar há, pelo menos, 12 meses no cargo e ter passado por duas avaliações de desempenho”, diz Adriana.
De acordo com a executiva, durante o processo de avaliação de desempenho é preparado um relatório de defesa com os motivos pelos quais o profissional em questão merece ser indicado para o programa de sócios.
“O material avalia questões como comportamentos que o profissional apresentou no dia a dia e que exemplificam a cultura da Neon. Depois, isso é avaliado por uma banca composta por executivos seniores”, diz Adriana.
A startup, porém, tem um limite para a inclusão de novos sócios, que deve respeitar entre 10% a 13% do quadro de empregados no total.
Um dos objetivos das companhias com os programas de stock options é reter e atrair profissionais. E, na Neon, o programa tem apresentado resultados pelo menos em relação à retenção, algo especialmente importante em tempos de Grande Demissão.
Segundo Adriana, após análises internas, percebeu-se que nas áreas com maior concentração de sócios a rotatividade também é três vez menos que a média geral da empresa. Fora isso, esses funcionários também são mais propensos a indicar a Neon como um bom lugar para trabalhar.
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