A Web 3.0 é, sem dúvidas, um tópico em alta nos debates, e que causa diversas dúvidas acerca de seu desenvolvimento. Afinal, pouco se sabe sobre quando e como ela chegará até a maioria dos usuários.
O que se sabe, no entanto, é que ela trará disrupções importantes na forma como lidamos não apenas com a internet, mas com diversas áreas do dia a dia: relações sociais, tratamento de dados e até os pagamentos serão profundamente afetados pelas mudanças que a nova web irá trazer.
Isso porque a descentralização da internet, o funcionamento a partir do blockchain e a promessa de total controle dos usuários sobre seus próprios dados são os fundamentos da Web 3.0.
Uma vez que ela não depende de instituições tradicionais ou regulação governamental, a expectativa é de que os usuários migrem para as soluções financeiras tecnológicas. Isso, sem dúvidas, irá impactar a operação de bancos ao redor do mundo.
A Web 3.0 e o impacto nas finanças
Na última década, o universo financeiro sofreu grandes mudanças: o surgimento dos bancos digitais, as fintechs e a ascensão das criptomoedas são só alguns exemplos de inovações que transformaram o mercado.
Com a iminência da Web 3.0, a tendência é de que essas transformações se acentuem ainda mais.
Devido ao seu caráter descentralizador, há uma expectativa de que a Web 3.0 possa facilitar os pagamentos transfronteiriços. Isso vai deixar as transações financeiras interoperáveis, eficientes e mais acessíveis aos consumidores.
Quando realizados na Web 3.0, os valores dessas transações internacionais – que costumam ser ótimas para os bancos, mas caras para os consumidores – podem ser drasticamente reduzidos a um nível similar ao dos pagamentos domésticos, com um processamento muito mais rápido.
Além disso, o conceito de DeFi (Decentralized Finance) ou, em português, Finanças Descentralizadas, terá uma grande influência na forma como os serviços financeiros operam.
E o papel de autoridades governamentais e instituições financeiras também será impactado. A partir da comunicação P2P (peer-to-peer), os usuários poderão ter muito mais controle e opções de como lidar com o dinheiro.
As finanças descentralizadas ainda possuem um importante papel na inclusão financeira. Isso porque consumidores e empresas em países e cidades com pouco ou nenhum acesso à infraestrutura financeira tradicional podem realizar pagamentos e conseguir financiamentos por meio de aplicativos descentralizados.
Assim, é possível afirmar que a nova era da internet oferece desafios, mas também oportunidades para o sistema financeiro tradicional, que poderá unir as finanças centralizadas e as finanças descentralizadas para oferecer uma melhor experiência do usuário.
Como serão os pagamentos do futuro?
Não há dúvidas de que os pagamentos do futuro também terão um caráter descentralizado.
Hoje, para a realização de qualquer transação financeira, o usuário precisa ter uma conta em banco ou instituição de pagamento.
Já com as redes blockchain – que permitem a existência da Web 3.0 -, será possível transferir dinheiro diretamente para qualquer pessoa com conexão à internet ponto a ponto.
Recentemente, a Mastercard resolveu expandir a adoção da Web 3.0, e irá disponibilizar a sua rede na nova internet.
Segundo a empresa, essas integrações têm como objetivo tornar o acesso à cripto mais fácil, além de auxiliar no crescimento do ecossistema de NFTs.
Uma pesquisa da Deloitte em parceria com a Paypal revelou, ainda, que diversos negócios querem disponibilizar pagamentos em cripto. Segundo o levantamento, 46% dos entrevistados acreditam que a mudança será fundamental para um aumento na base de clientes.
E o futuro dos pagamentos já começa a dar as caras. O PayBolt, projeto que está construindo um gateway de pagamento criptográfico na Web3, está operando para transformar as transações financeiras do comércio.
O ecossistema do projeto conta com uma carteira móvel disponível para iOS e Android, portal de pagamento ao comerciante, plugins de comércio eletrônico e até terminais de ponto de venda, e tem como objetivo conectar os clientes que desejam gastar criptomoedas com os negócios que podem aceitá-las.
Quais são os principais desafios da Web 3.0?
Embora a Web 3.0 seja um tópico em alta, ela ainda está em desenvolvimento, e há inúmeros desafios para que ela se torne uma realidade. Saiba quais são.
Aprendizagem: a principal característica da Web 3.0 é o seu funcionamento a partir do blockchain. A expectativa é de que a aprendizagem desse novo sistema se dê de forma lenta, já que os usuários precisarão aprender novos conceitos;
Usabilidade: a falta de um design simples e fácil de utilizar também é considerada como obstáculo para a entrada de usuários na Web 3.0, já que dificulta a experiência do usuário;
Segurança: a estrutura descentralizada, a falta de regulamentação e de monitoramento também são fatores preocupantes, já que há um risco do aumento da desinformação e de ciberataques.
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