Dívidas é uma constante na vida de milhões de brasileiros. Recente pesquisas mostram que grande parte da metade da população economicamente ativa de nosso país está endividada.
Muitas pessoas, embora endividadas, não estão inadimplentes. Elas pagam regularmente as prestações do empréstimo, e seguem normalmente a vida.
No entanto, não podemos ignorar o fato de que essas pessoas dependem muito mais de suas fontes de renda do que aqueles que, ao invés de dívidas, possuem uma reserva financeira.
Este último grupo está preparado para os imprevistos da vida, e enquanto eles não chegam, o dinheiro da reserva vai sendo multiplicando em investimentos que rendem mais do que a inflação.
Dívidas desnecessárias
Agora quero levar você a uma reflexão. Muitas dívidas não precisariam ser feitas, se tão somente a vaidade e a necessidade de posicionamento social fossem controladas.
Todas as pessoas percebem quando as finanças começam a apresentar problemas. As fontes de renda já não se mostram suficientes para cobrir as despesas. É hora de frear os gastos, mas como isso é algo desagradável, buscamos meios alternativos para resolver a questão.
Vamos usar o carro como exemplo. Muitas pessoas financiam seus carros (dívida) e compram veículos caros, que estão acima do atual padrão de vida.
Depois, num momento de aperto financeiro, ficam reticentes em se desfazer do veículo, pois percebem que as prestações que já foram pagas, em sua grande parte, não serão recuperadas com o preço de venda do carro.
Então resistem em se desfazer do bem, encontrando justificativas variadas para mantê-lo na garagem, enquanto por mais dolorido que seja, o correto é se desfazer do bem e eliminar esta dívida.
Usar meios de transporte como bicicletas, ônibus, taxis ou veículos compartilhados, pode não ser a melhor alternativa para alguns, mas ver o endividamento crescer, com certeza é uma péssima opção.
Tenha atitude enquanto ainda há tempo
Esse alerta está sendo dado, pois recebemos diversos e-mails de leitores pedindo ajuda para se livrarem de situações financeiras difíceis, como o superendividamento, que ocorre quando a pessoa já não tem a menor condição de pagar o que deve.
Esse tipo de coisa normalmente não acontece do dia para a noite. São pequenos erros, ou pequenas faltas de atitude em relação à vida financeira, que fazem o problema crescer.
Um orçamento descontrolado, frequentes gastos maiores do que a renda, dívidas mal calculadas, compra de bens motivados pelo status (ao invés de se avaliar as necessidades), e por aí vai.
Como seria bom se as pessoas tomassem decisões firmes, pensando no que é o melhor para elas mesmas, sem se importar com o que os outros vão pensar.
Muitos problemas financeiros seriam evitados, e muitos relacionamentos seriam mantidos. As dificuldades financeiras lideram entre os motivos que levam um casal a se divorciarem. Também lideram o desmanche de sociedades empresariais e causam baixo rendimento profissional.
Como podemos perceber, as consequências da falta de controle financeiro refletem em várias outras esferas da vida. Em casos extremos, podem até ocasionar assassinatos e suicídios.
Dívidas, sua vida e suas escolhas
Esse texto foi escrito pensando em você, que está percebendo que sua vida financeira está num caminho perigoso. Ainda não houve nenhuma consequência grave, mas você sabe que os riscos estão aumentando.
Então pondere bastante, planeje, e tome as medidas necessárias para evitar que o pior aconteça. Ninguém melhor do que você mesmo para executar aquilo que precisa ser feito.
Não foque no que os outros irão pensar, mas sim naquilo que é o melhor para você e sua família. Ainda que você tenha que passar por algumas privações, é melhor fazer isso de forma controlada, do que motivado pelas pressões da escassez absoluta.
Lembre-se: a sua vida é dirigida pelas suas escolhas. Você é o responsável pelas suas decisões e ações. Desejo que você as tome com muita sabedoria para desfrutar de uma vida com qualidade junto das pessoas que você ama. Um abraço e até a próxima!
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